Confusidades

Hoje quero finalmente falar sobre Queenie, da autora Candice Carty-Williams, uma leitura que marcou profundamente a minha vida. Desde as primeiras páginas, fui arrebatada pela história intensa e realista de Queenie Jenkins, e simplesmente não conseguia parar de ler!

Sobre o que é o livro Queenie?

O romance conta a história de Queenie Jenkins, uma jovem jamaicana-britânica de 25 anos que trabalha como a única mulher negra em um grande jornal de Londres. Após o término de um relacionamento de três anos com um homem branco, Queenie tenta encontrar conforto em várias relações, enquanto lida com traumas do passado e busca entender seu valor.

Entre encontros fracassados, comparações com amigas e tentativas de se firmar em sua identidade, Queenie enfrenta uma jornada de autoconhecimento repleta de tenacidade, humor e coragem. A história evidencia a importância de dar voz às experiências das mulheres negras, abordando temas sensíveis como racismo, autoestima, saúde mental e abusos emocionais.

(Sinopse retirada da Amazon.)

Minhas impressões sobre Queenie

A leitura de Queenie me impactou tanto que precisei indicar para todos ao meu redor. O que mais me impressionou foi a habilidade de Candice Carty-Williams em retratar uma mente ansiosa e um coração confuso de forma tão realista. Em muitos momentos, senti como se estivesse dentro do corpo de Queenie, compreendendo seus medos e enxergando o mundo através de seus olhos.

Na minha visão, Queenie sofria com a falta de amor-próprio, o que a levava a aceitar qualquer forma de “amor”. Passou anos em um relacionamento tóxico, enfrentando agressões racistas veladas da família do namorado, acreditando que o amava, mas, na verdade, era dependência emocional. Mesmo após o término, ainda fragilizada, Queenie continuou se envolvendo com homens de caráter duvidoso.

O crescimento de Queenie e a importância da terapia

Um dos pontos altos da narrativa é acompanhar a evolução de Queenie. Ao iniciar a terapia, ela começa a reestruturar seus pensamentos e a reconquistar sua autoestima. É interessante observar como a autora aborda o estigma da terapia dentro da cultura jamaicana: enquanto a avó de Queenie acredita que mulheres “fortes” não precisam disso, seu avô reconhece a importância da saúde mental, desejando que sua geração tivesse tido acesso a essa ajuda.

Essa abordagem ressalta como as questões psicológicas ainda são mal compreendidas em muitas culturas e gerações.

Uma narrativa leve para temas pesados

Apesar de abordar temas sérios como racismo e abuso sexual, Candice Carty-Williams consegue dar leveza à narrativa. Assim como na vida real, onde há espaço para lágrimas e risos, o livro equilibra momentos tocantes com cenas engraçadas envolvendo Queenie e sua família. A escrita é fluida, envolvente e tão verdadeira que você mal percebe o tempo passar enquanto lê.

Conclusão: por que você deve ler Queenie

O final do livro é emocionante, mostrando Queenie conquistando seu amor-próprio e decidindo tomar as rédeas da sua vida. Ela rompe com o ciclo de abusos e micro agressões que marcou sua história e a de sua família, deixando uma mensagem poderosa de empoderamento e cura.

Queenie é uma leitura obrigatória para quem busca livros que abordam o racismo de forma honesta, mas também para quem aprecia histórias de crescimento pessoal e superação. Divertido, reflexivo e muito bem escrito, este é apenas o começo da minha jornada com os livros de Candice Carty-Williams !Confesso que mal posso esperar para ler mais obras da autora!