
Se você está buscando uma leitura que vá muito além do entretenimento, “O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde, é uma escolha poderosa. Nesta resenha, compartilho minha experiência com a obra e explico por que essa leitura me impactou tanto.
Uma edição que transforma a leitura
Antes de tudo, preciso destacar: minha experiência com “O Retrato de Dorian Gray” foi simplesmente fantástica, muito por conta da edição publicada pela Antofágica. As notas de rodapé, os textos complementares e até as videoaulas oferecidas pela editora ampliaram enormemente meu entendimento da obra e da complexa mente de Oscar Wilde. Esse cuidado editorial faz toda a diferença, principalmente em clássicos com tantas camadas de interpretação.
Sinopse de O Retrato de Dorian Gray
Sinopse retirada da Amazon
Jovem, rico e extremamente atraente, Dorian Gray vive no auge da beleza e do prazer. Ao se tornar inspiração para o pintor Basil Hallward, recebe um retrato que muda tudo: perturbado com a ideia do envelhecimento, Dorian faz um pacto para que apenas a pintura envelheça, enquanto ele mantém sua juventude intacta. Livre das consequências visíveis de seus atos, entrega-se a uma vida secreta de prazeres extremos, relações tóxicas e atitudes moralmente questionáveis. Enquanto a sociedade o enxerga como um homem íntegro, é seu retrato que carrega os sinais de sua decadência moral.
Minhas impressões sobre o livro
Dizer que “O Retrato de Dorian Gray” me impactou é pouco. A cada capítulo, fui levada a refletir sobre os valores da nossa sociedade que ainda é tão obcecada por juventude, fama e aparências. Mesmo escrito no século XIX, o livro parece descrever com precisão a era dos influenciadores digitais, onde muitas vezes se cultuam imagens irreais e vazias de significado.
A transformação de Dorian Gray, influenciado pelas falas sedutoras de Lord Henry, revela o quanto podemos ser facilmente manipulados por discursos bonitos, mas vazios. O hedonismo defendido por Henry leva Dorian a viver uma vida sem propósito, escondido atrás de uma máscara de perfeição enquanto sua alma se corrompe cada vez mais.
O final do livro me abalou profundamente (sem spoilers aqui!), mas reforçou a potência da obra. Além disso, conhecer mais sobre a vida pessoal de Oscar Wilde contribuiu para que eu compreendesse melhor a crítica social presente na narrativa e a relação intensa entre Basil e Dorian.
Por que você deve ler O Retrato de Dorian Gray
Mais do que um clássico da literatura inglesa, “O Retrato de Dorian Gray” é um convite à reflexão sobre o sentido da vida, os perigos do narcisismo e o vazio de uma existência guiada apenas pelo prazer. Não é apenas uma leitura para “passar o tempo”; é uma experiência que permanece com você, mesmo depois de virar a última página.
Se você gosta de livros que provocam, inquietam e nos fazem pensar sobre quem somos e onde queremos chegar, esse é um título indispensável na sua estante.







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