
Mulheres que Correm com os Lobos, de Clarissa Pinkola Estés, não é um livro simples e talvez nem devesse ser. Trata-se de uma obra densa, simbólica, que exige entrega e presença. Durante três meses, vivi uma experiência de leitura que foi mais espiritual do que intelectual. E hoje, posso dizer: existe uma versão minha antes e depois dessa leitura.
Logo no início, meu marido comentou que já ouvira dizer que esse livro “não era bom para esposas”. Curioso, né? Mas entendi rapidamente o motivo: se uma mulher estiver vivendo um relacionamento abusivo ou limitante, ela provavelmente vai despertar. E talvez seja exatamente por isso que essa leitura assusta tanta gente.
Não se preocupem, meu casamento está firme e forte. Na verdade, essa leitura só confirmou a certeza de que escolhi o homem certo. Mas o livro me fez entrar em contato com partes minhas que estavam adormecidas. Me vi chorando em várias passagens, como se as palavras estivessem sendo ditas diretamente para mim. E, de certo modo, estavam.
A linguagem da autora é poética, simbólica, rica em imagens e metáforas. A cada capítulo, ela analisa contos e mitos femininos de forma profunda, nos revelando camadas da alma feminina que ignoramos muitas vezes.
A “mulher selvagem” que Clarissa descreve não é uma rebelde inconsequente. Ela é a mulher segura de si, conectada com sua essência, que conhece seu valor e confia nos próprios instintos. Toda mulher adulta deveria se permitir esse encontro com sua alma mais autêntica.
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