A Dança da Aceitação: Flores, Espinhos e a Beleza de Ser Você

Já se viu em um espiral de autocrítica, sentindo raiva ou até nojo da pessoa que você é? Em algum momento, já desejou ser completamente diferente, talvez até dando razão àqueles que parecem não gostar de você? A sensação de ser “chato” ou “insuficiente” pode ser avassaladora, levando-nos a tentativas frustradas de sermos alguém que não somos. Se você já se sentiu assim, tenho um segredo para compartilhar, ou talvez nem tão segredo assim: não mude por completo.

Neste instante, pode ser que você esteja me xingando por sugerir algo tão contrário à sua dor. Afinal, como aceitar algo que nos causa tanto desconforto? A chave está em compreender a nossa singularidade. Somos únicos, com um conjunto exclusivo de características que nos define. Aceitar essa individualidade é o primeiro e mais desafiador passo.

É claro que todos nós temos defeitos e, em certos momentos, precisamos lapidá-los. Mudar é um processo inerente à vida. No entanto, a motivação por trás dessa mudança é crucial. Mudar para agradar aos outros ou por não conseguir se aceitar é um caminho árduo e pouco aconselhável. A verdadeira transformação acontece quando ela nasce de um desejo genuíno de evolução, não de anulação.

Se você olhar para trás, perceberá que não é a mesma pessoa de cinco, quatro ou até mesmo um ano atrás. As lembranças que o Facebook nos traz são um testemunho vívido de como a vida muda, e muda rapidamente! Essa raiva ou aversão que você sente por ser quem é agora, eu prometo, vai passar.

Abrace a sua jornada. Olhe para si e colha as suas flores mais bonitas, mesmo que, para alcançá-las, você precise se ferir nos espinhos. Entenda suas limitações, conheça seus defeitos e trabalhe neles. Compreenda suas particularidades, até mesmo aquilo que você chama de “chatice”. E, acima de tudo, ame cada pedacinho do que você é. Cada fragmento, por menor que seja, compõe a sua essência. Como bem disse Marcelo Jeneci, “Além de mim não tem ninguém que seja eu, pois só eu sou eu”.

Entenda de uma vez por todas sua individualidade, que se compõe tanto de defeitos quanto de qualidades. É engraçado pensar que as perguntas tão melancólicas que iniciaram este texto foram feitas por mim em julho deste ano. Agora, em setembro, meu pensamento já é outro. Se eu tivesse continuado a escrever em julho, este texto certamente teria tomado um rumo completamente diferente. Lembra quando eu disse que as coisas mudam muito rápido? Não é preciso esperar um ano para ver as diferenças; em apenas alguns meses, a perspectiva pode mudar drasticamente.

A vida é um processo constante de descoberta e (re)construção. Permita-se florescer no seu próprio ritmo, abraçando a beleza complexa e imperfeita de ser você.


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