Resenha: È proibido chorar, mas você vai chorar.

Este foi o primeiro livro de que tenho consciência de ter lido. Encontrei-o sem capa, com as últimas páginas faltando, em uma pequena biblioteca esquecida na casa dos meus pais. Eu era uma criança apaixonada pela leitura, mas sem incentivo (tema para um próximo post!) então me agarrava a qualquer livro velho que encontrasse e lia com entusiasmo.

Entre tantos, esse ficou gravado na minha memória. Ele me marcou profundamente por trazer uma história de amizade tão intensa que, apesar do título sugerir que não deveríamos chorar, eu chorei… e muito!

A narrativa acompanha uma menina que, acreditando em um homem que prometia ajudá-la a encontrar o pai desaparecido na guerra, entrega a ele todo o dinheiro que havia juntado com os colegas para um passeio escolar. O homem foge, e ela acaba injustamente acusada de roubo pelos professores. É então que seus amigos se unem para ajudá-la, transformando-se em verdadeiros detetives.

Trata-se de um romance juvenil sobre amizade, solidariedade e esperança. A obra mostra que, mesmo em meio às dificuldades, é possível encontrar leveza, humor e força para lutar pela justiça.

Apesar de ser direcionado ao público jovem, o livro traz lições que dialogam fortemente com os adultos. Ele nos faz refletir sobre tudo o que deixamos escapar com o passar dos anos: a inocência, a confiança e a pureza da amizade. A vida adulta, muitas vezes dura e corrida, rouba de nós essas riquezas simples, e esse livro nos convida a resgatá-las.

É uma história capaz de reacender a fé na humanidade, de nos lembrar do que realmente importa e de despertar a vontade de sermos pessoas melhores.

Um livro pensado para crianças, mas que pode, e deve, ser lido em qualquer idade. Eu deixo aqui o desafio: leia e tente não se emocionar.


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Prazer, Grazi

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