
Hoje até parece mais um dia comum.
O celular despertou, eu enrolei alguns minutos na cama, mas acabei levantando.
Tomei Banho, tomei meu leite com chocolate, e fiz a corrida de sempre para o trabalho. Mais um dia no calendário desses 365 que a gente enfrenta com a cabeça erguida e um sorriso no rosto.
Pelo menos é assim que dizem que deve ser…..
Mas, para mim, às vezes não é tão simples. Logo cedo, antes mesmo de escovar os dentes, ele aparece: o meu monstro de mil cabeças.
Ele me encara e sussurra que nada vai dar certo, que meus planos são grandes demais, que o dia vai ser apenas mais um erro. E assim, esse monstrinho sem graça gruda nas minhas costas e me acompanha onde quer que eu vá.
Ele fala baixo, mas o suficiente para eu ouvir.
Disfarça-se dos meus medos e, pouco a pouco, vai corrompendo o brilho dos meus sorrisos. As flores que plantei dentro de mim, ele arranca uma por uma. Veste a máscara da baixa autoestima e sussurra: “Ninguém se importa.”
E eu, por um instante, acredito.
Acredito que, se eu sumir, nada mudaria….
Eu tenho sonhos altos, sonhos que tocam o céu.
Quero ganhar o mundo, escrever histórias, correr atrás daquilo que pulsa em mim. Mas o monstro… ele não me deixa. Me prende na cama, me chama de perdedora, me distrai com maratonas de séries e me impede de sentar e escrever.
E quando percebe que venceu, ele ri. Ri alto, se joga no chão, gargalha como se eu fosse a piada do dia.
Esse monstro me faz temer o mundo real!
Às vezes, transforma a ansiedade em tempestade e aí o peito acelera, o coração parece explodir, o estômago se revolta. Ninguém o vê, ninguém o entende. Mesmo que eu explicasse, ninguém entenderia o quanto ele aperta, sufoca e me prende nesse ciclo sem fim.
Ele virou minha sombra.
Mesmo quando caminho na rua, com fones de ouvido e tentando esquecer, ele está lá.
Mas amanhã é um novo dia, dizem….
E talvez seja mesmo.
Porque amanhã eu levanto outra vez e, mesmo tremendo, enfrento de novo o monstro de mil cabeças!!






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