Resenha:A Biblioteca da Meia-Noite: entre escolhas, arrependimentos e a busca por sentido

Li o famoso e polêmico livro A Biblioteca da Meia-Noite, de Matt Haig, e confesso: não sei bem se gostei ou não dessa história. A premissa é incrível, mas a execução deixou algumas pontas soltas ou, talvez, mastigadas demais.

Uma ideia fascinante

Nora Seed decide acabar com a própria vida. No entanto, ao invés de morrer, ela desperta em uma biblioteca misteriosa. Cada livro nas estantes representa uma versão diferente da sua vida — o que teria acontecido se ela tivesse tomado decisões diferentes. É uma ideia poderosa: e se pudéssemos experimentar todos os caminhos que deixamos de seguir?

Em vários momentos me vi em Nora. Quem nunca se perguntou como seria sua vida se tivesse feito outra escolha?
Eu mesma penso nisso às vezes. Lá em 2013, quis fazer Biblioteconomia, mas acabei cursando Rádio e TV. Às vezes me pergunto se teria sido mais feliz na outra opção… ou se tudo daria no mesmo. Mas, como o livro mostra, talvez nenhuma vida seja perfeita; apenas diferente.

Apesar do tema profundo, senti que o autor pesou a mão na moral da história. Em vez de deixar espaço para o leitor refletir, ele explica tudo de forma direta e simplificada. O resultado é uma obra que flerta mais com a autoajuda do que com a ficção filosófica.
Nora vive dilemas reais, mas a escrita não mergulha o bastante neles. Faltou profundidade emocional. Tudo é muito explícito, pouco simbólico.

Vale a leitura?

Sim, mesmo com suas limitações. A Biblioteca da Meia-Noite é um livro rápido, fluido e que provoca boas reflexões sobre aceitação, escolhas e arrependimentos. Ele nos lembra que toda vida tem prós e contras, e que o segredo é aprender a amar a história que estamos vivendo agora.

E você, já leu esse livro? O que achou da jornada de Nora Seed? Deixe seu comentário!


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Prazer, Grazi

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